June 06, 2021

Aceitar como somos

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Como não? Teria que ser de rosas, tem uns peixes vermelhos, da paz, da serenidade a água purifica. O canto é acolhedor porque é pequenininho e as pessoas são formosas, muito formosas. Tem uma Alma muito grande, são vocês de Zaragoza, que são preciosíssimos. Seja onde seja que tenham nascido, Zaragoza, ou mais longe, mais sempre preciosíssimos.

Hoje vamos compartilhar minhas queridas sementes, hoje vamos compartilhar uma história real, como todas! Uma vez, muito perto da Rosa dos Pirineus, que são as montanhas dos Pirineus, um grupo de urubus, todos sabem que os urubus são negros. Suas penas são tão negras que parecem que brilham como um azul muito particular que são belas, mas, são urubus.

Nesse grupo tinha um urubu que era muito vaidoso e que brigou com seu companheiro e lhe disse : você é feio e é como todos os urubus, negros e feios. Até o seu canto é feio. E seu companheiro ficou triste.

Sou assim, como nasci.

Bom, se você se conforma eu, não!

Então, o urubu como sempre voa muito alto, são pássaros que vivem até 200 anos, muito longevos e voam muito alto, muito alto.

Foi dar uma volta, e não muito longe dali tinha um parque precioso que estava cheio de pavões tão bonitos. E vocês sabem que pavões quando querem cortejar a fêmea pavão, abre seu plumagem como um leque de todas as cores, parecem mais bonitos que um arco-íris então dá a volta ao redor de sua dama e dá outra volta e começa a cantar. O urubu observava e dizia :já sei, vou ser um pavão porque todos estão encantados com eles e todos lhes admiram. Então o que fez, foi atrás dos pavões e ia pegando as penas que caiam, amontoou um grande pacote e colou em toda sua plumagem. Bem coladinhas e começou então abrir seu leque, e claro, abriram essa plumas e ele estava orgulhoso.

Pode ser que seja maior que um Sibra, são uma raça de pássaros também, muito raros. Então, na corte estava tão bem que começou a passear e se fazer de galo presunçoso.

Os pavões lhe olharam e começaram a rir. Então o urubu pensou, pronto já consegui, me aceitaram porque sou como eles. Já estava certo disso. Pois também estariam com ciúmes de mim. O pavão mais velho, olhou para os outros e disse : viram esse ridículo urubu? É espantoso pois está fazendo sombra em nós, além disso, nos imita.

- Sabem o que? Vamos nos colocar de acordo, certo? E todos disseram sim. Começaram a bicar o urubu e arrancaram todas as suas penas, e lhe disseram: - urubu, essas penas não te pertencem, você se apoderou de algo que não é seu, por isso as tiramos de você, deixe-as onde estão, e você é tão ridículo e tão feio, que incomoda nossa corte, não te queremos aqui. Seu comportamento não é honesto, vá embora.

Começaram a bicá-lo, bicá-lo, bicá-lo e ele teve que ir muito longe. E o urubu disse: - E agora, o que vou fazer? Estou ferido, estou mal. Eu não quero voltar com os outros urubus.

Mas claro, estava sozinho, tinha fome, e disse: - com certeza, sempre terei minha cassa. E foi a seu ninho, com os outros urubus. Mas os outros urubus estavam vendo que tinha feito, essa comédia. Aquele que lhe havia humilhado, que havia dito “que urubu mais feio você é”, chegou perto e lhe disse: - o que você vem buscar, se nos rejeitou? Se disse que não queria viver conosco, que éramos feios, agora você vem?

Então todos os urubus, se colocaram de acordo e começaram a bicá-lo, a bicá-lo e ele teve que ir, e lhe disse: - você vai, e busca teu lugar, até que encontre o que quer ser, o que quer buscar e onde seja feliz, nunca, nunca e pode rejeitar o que somos. Então o urubu baixou sua cabeça e se foi.

Minhas queridas sementes, minhas bonitas estrelas, que vieram ver esse rio de ouro, esses castelos, a história, sim, em verdade os digo, a natureza nos deu o que merecemos, o corpo, a beleza, o cabelo, sem cabelo, nossos braços, nossos olhos, nosso olhar, nosso lugar. Sejamos agradecidos a essa natureza, que graças a ela podemos sorrir, cantar, dançar, graças a ela podemos ver o que existe ao nosso redor, seja uma fonte, seja um rio, seja uma montanha, sejam flores, sejamos felizes com o que temos, e com o que somos. Se podemos ser melhor, claro que sim, temos que encontrar, claro que sim, mas sempre com essa humildade, essa generosidade, e desejando que nossos sonhos se realizem.

Queria terminar a história da Dama Branca, se vocês permitem, minhas sementes.

Tinha uma senhora que foi visitar Puilaurens, e tinha a filha do rei, que chama a Dama Branca, estava apaixonada por um plebeu, era bela, belíssima. O plebeu gostava dela, a amava, mas o pai nunca aceitou que esse casamento acontecesse. Então ela preferiu ficar virgem, do que se casar com um homem velho, rico, poderoso. Tinha sua donzela, e sua donzela era sua amiga fiel, sua fiel escudeira, a que sempre chorava com ela e ria com ela, e lhe disse: - minha princesa, quero que você seja feliz. E então, se aproximou da janela mais alta do castelo e se jogou.

Essa amiga era uma irmã e ao se jogar, se converteu nessa Dama Branca, que todos que vão visitar a veem, porque aparece. Mas esse sacrifício, valeu para que a Dama Branca pudesse ser feliz com o homem que amava, com o príncipe que amava. Assim foi tua história, cavaleiro templário, amigo de Jacques de Molay, por isso saiu de você esse vulto, porque já está em paz contigo mesma, e na Luz. É uma história que enfim, termina bem, porque o amor sempre triunfa, porque a bondade sempre reina, e porque as grandes almas sempre irão à Luz, porque daí vêm.

Com todo meu amor

Sua Jardinera

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