🎧 Escuta a mensagem de voz de La Jardinera
Hoje, minhas queridas sementes, vou compartilhar com vocês uma história da Índia muito bonita.
Fui várias vezes e sempre vou a masseria, onde estão os lamas, quer dizer, os monges, os budistas. Nos deixam ficar hospedados em um lugar que é misto, ou bem, em um lugar só para mulheres, ou para homens. Então nós sempre vamos em grupo como laicas, somos monjas laicas. Nos receberam muito bem, e claro, é baratííííssimo, se come muito bem, te tratam muito bem e sempre com um sorriso.
Um dia, havia um homem da Índia, muito rico, muito rico, muito rico, o mais rico, multimilionário, e disse:
- quero ir ao monastério, me fará bem, me relaxará, me mudará e todo mundo fala que volta transformado, pois irei. Chegou esse homem rico, e perguntou:
- gostaria de falar com o abade. O abade é o maior, de títulos, como se fosse um bispo católico, mas no budismo. E então veio o abade, o cumprimentou, e lhe disse:
- o que você deseja, senhor?
- ficar aqui uns dias, porque desejo e estou muito intrigado. E então lhe disse:
- eu não o aconselho, senhor; lhe disse o abade
- mas como?
- não o aconselho porque aqui nós vivemos como homens livres. E vivemos muito felizes, com toda a liberdade, mas com muita felicidade e sobretudo, temos um grande conforto.
- então? Por que você me diz?
- lhe repito, senhor, que aqui não somos escravos, somos homens livres. Falava dos monges e das pessoas que queriam estar aí.
- falamos porque queremos ser homens livres, mas com todo o conforto, a liberdade e ser felizes.
Então lhe disse ao abade:
- pois quero ficar! Porque é o que busco.
- eu não o aceitaria, não durará.
- mas, quem é você, para me julgar?
Então lhe disse:
- Bem, se quer e insiste, fique. Você mesmo, você decide, mas aqui, não somos escravos, lhe repito, somos homens livres.
E voltou a replicar:
- como pode se atrever? Eu que sou o homem mais rico do mundo, não sou escravo de ninguém, ao contrário, os escravos são os que me servem. O pessoal, os trabalhadores, todos.
- Bem. Por fim disse:
- pode ficar. E ficou.
Foi ao refeitório, a sala de jantar, e lhe deram uma comida. A comida de todos os monges e de todos que estavam alí. E posso dizer para vocês que é igual para todos. Quando viu disse:
- Ui! Que nojo! Eu não como isso! É impossível, mas o que é isso? Que ruim! Não, não, eu não quero isso, passo. Se levantou e foi ao jardim. E no jardim, viu uma sala toda silenciosa, muito bonita. Por curiosidade entrou e viu que estavam os monges e as pessoas que queriam, meditando, em silêncio. E havia um cheiro de incenso agradável, uma paz maravilhosa e uma harmonia perfeita. Todos tinham o rosto sorridente, descansado, as mãos em repouso, bem sentados e esse sorriso que tem Buda, que é de doçura e de amor.
Ele ao vê-los disse:
- tenho que meditar? E lhe disseram:
- sim! As 4 da manhã, todos os dias, tem que meditar.
- Ai!, disse. – isso não, até aqui chegamos! Tenho que madrugar para meditar? E depois, a comida que é horrível, os quartos, os colchões são duros, porque são esteiras, muito finas, é o chão!, disse. – é incrível. Então disse: - não, não, chamem ao abade, quero falar com ele. Chamaram o abade e veio. E lhe disse:
- o que foi, senhor?
- vou embora! O abade lhe disse:
- já lhe disse, senhor, que aqui não resistiria, não é para você!
- mas me disse que não eram escravos. -Não
- que vivem no conforto
- sim
- que são felizes
- muito
- mas então, onde você vê isso? O abade sorriu dizendo:
- ao que chamam vocês conforto?
a que não temos nenhum problema. Sabemos o que temos que fazer, os horários de meditção, que é uma contemplação maravilhosa, com Deus. Temos que fazer a comida e os afazeres porque é uma obrigação, mas de prazer. E depois, vamos repousar, porque o corpo tem que recuperar para o dia seguinte, voltar a sorrir, voltar a amar e voltar a meditar.
O abade sorriu e foi de novo à sua sala de meditação, pedir por sua Alma, pedir pela Terra, pedir por tantos homens e mulheres que ignoram que têm uma Alma e que ignoram que fazer uma meditação de 5 minutos, os salva a vida, lhes libera a Alma da prisão e lhes dá esse Amor infinito para a eternidade.
Com todo meu amor, La Jardinera