A inteligência na simplicidade

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Minhas queridas sementes,

havia um sábio turco, muito renomado, tinha muita fama, porque era sábio e sempre encontrava uma solução. E um dia, chegaram três monges eruditos e disseram:- temos vontade de conhecê-lo, vamos conhecê-lo e também aprender. Ao chegar, os três monges o cumprimentaram e qual foi a surpresa, que era um sufi, vocês escutaram falar dos sufis, são extraordinários, começaram essa religião, filosofia, ou filosófica, as duas coisas, antes do islã, e onde mais havia era na Turquia.

Esses sufis, levam uma vida muito normal, estão casados, têm filhos, acreditam em Deus, em seus profetas, em seus santos, mas levam uma vida muito reta, o que quer dizer reta? Que tendo a família, tendo um trabalho, o que fazem sobretudo é cumprir com sua palavra, não mentir, falar sempre com a verdade, e cada um tem uma profissão, e cada um trabalha no que é apto, mas chega sempre um momento no dia, onde se reúnem para ler os livros sagrados, orar, pedir favores para os povos , para pessoas, para doentes e sabem muito bem que com essas preces, podem curar, podem ajudar e podem dar tudo.

Os sufis são também esses religiosos que precisam quando oram, assim como um cântico, cantam ou fazem sua prece com a voz, quer dizer, não em silêncio, e vão em um ritmo, que começa muito suave e vai terminando mais rápido e um movimento de cabeça e de corpo, de trás para frente, da frente para trás, como um movimento, e vão dando voltas, vão dando voltas.

Outros, fazem em círculos, vestidos de branco, com uma espécie de, não sei como poderia chamar, se chama quipi, como um chapéu cônico, da mesma cor, branco e começam a dar voltas, a dar voltas e movem somente um pé, o pé direito fica quase fixo, vai fazendo rotações no solo, enquanto o outro pé empurra para dar voltas. Não ficam tontos, mas caem sim, em uma espécie de conexão direta com a Luz, conexão direta com Deus, alguns recebem mensagens, outros estão simplesmente com a iluminação. É algo extraordinário.

Então , nosso sábio era um sufi. Os dois monges disseram: Que sorte temos! Sufis geralmente passam suas vidas sempre, todos os dias, todos os dias estudando e sempre falando a verdade, dizer a verdade, nunca mentir. Nunca! E sempre trilhar um caminho reto e é como um grupo de colegas ou um grupo que sempre vai ajudar quem mais precisa, mas sempre em grupo.

Eles chegam, os ajudam a fazer a casa ou o trabalho que estão fazendo e depois que terminam, vão embora. Eles vivem sem luxos, simplesmente com o conforto de que precisam. Nem mais, nem menos e com grande respeito pelo Universo e pelo Criador.

O primeiro monge lhe disse: Posso lhe fazer uma pergunta? E ele disse: Sim. Muito gentilmente.

Mestre sufi, você poderia me dizer onde fica o centro da terra? E ele lhe respondeu: onde está a pata esquerda do meu jumento, do meu burro. O monge ficou surpreso, não disse nada e foi embora. O segundo monge se aproximou dele e disse: - Mestre Sufi, quantas estrelas há no céu? E ele respondeu: - as mesmas estrelas que tem a crina do meu burro.

O monge ficou surpreso, curvou-se e retirou-se. Quando o terceiro chegou, ele disse:

Mestre sufi, quantos pelos tenho na minha barba? Então o mestre respondeu: - a mesma quantidade de cabelo que meu burro tem no rabo. E como você tem tanta certeza? o monge lhe disse.

Bem, arranque o pelo de sua cauda e arranque cada pelo de sua barba e os coloque lado a lado e você pode dizer se tem a mesma quantidade.

Se inclinou e saiu, todos os três desapontados, muito desapontados!

Minhas sementes,

quando há pessoas que querem fazer perguntas inteligentes, há respostas inteligentes,

quando há outras pessoas que vão apenas medir a inteligência, o conhecimento, a sabedoria, então elas têm as respostas adequadas, e foi isso que o mestre sufi respondeu aos três monges. Nunca mais voltaram.

E o mestre sufi continuou com seu trabalho, ele era oleiro, estava fazendo tigelas, e também potes, continuou, e quando terminou, colocou-os para secar e terminou seu dia cantando suas preces e suas orações para o céu, afim que sempre haja um ser, deste planeta terra que possa encontrar a paz e cessar a guerra.

Pensem bem nisso minhas sementes,

que muitas vezes ficamos atordoados quando estamos na frente de um professor e não sabemos o que perguntar e fazemos uma pergunta incongruente, por mais simples que seja, mas vale a pena, que valha a pena e assim receberemos respostas para o que merecemos.

Com todo o meu amor,

La Jardinera